Em Romanos 16:7, o apóstolo Paulo menciona com ternura e
respeito:
"Saúdem Andrônico e Júnia, meus parentes e
companheiros de prisão; são notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo
antes de mim."
Por séculos, esse verso passou despercebido. Ou pior: foi
distorcido. Júnia, uma mulher que brilhou entre os apóstolos nos primórdios do
cristianismo, foi silenciada por traduções e interpretações patriarcais que tentaram
transformar seu nome em “Júnio” — nome masculino que não existia na Roma
antiga. Mas a verdade floresce, mesmo quando enterrada.
Júnia era mulher. Júnia era apóstola. Júnia era livre em
Cristo.
Sua presença no Novo Testamento revela uma realidade que muitas vezes foi esquecida: as mulheres também foram líderes, mestras, anunciadoras da Boa Nova.
E mesmo presa com Paulo, Júnia foi reconhecida como “notável entre os
apóstolos” — um título de autoridade espiritual raríssimo.
Hoje, ao lembrarmos de Júnia, resgatamos não só uma
personagem bíblica, mas todo um legado de mulheres que viveram, pregaram e
acolheram em nome do Cristo.
Júnia representa a cura da história espiritual das mulheres.
Que seu nome volte a brilhar em nossos corações e estudos,
como farol da presença feminina no sagrado.
Que todas as Júnias silenciadas sejam lembradas. E honradas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário