sábado, 17 de maio de 2025

Júnia, a apóstola esquecida

Em Romanos 16:7, o apóstolo Paulo menciona com ternura e respeito:

"Saúdem Andrônico e Júnia, meus parentes e companheiros de prisão; são notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim."

Por séculos, esse verso passou despercebido. Ou pior: foi distorcido. Júnia, uma mulher que brilhou entre os apóstolos nos primórdios do cristianismo, foi silenciada por traduções e interpretações patriarcais que tentaram transformar seu nome em “Júnio” — nome masculino que não existia na Roma antiga. Mas a verdade floresce, mesmo quando enterrada.

Júnia era mulher. Júnia era apóstola. Júnia era livre em Cristo.

Sua presença no Novo Testamento revela uma realidade que muitas vezes foi esquecida: as mulheres também foram líderes, mestras, anunciadoras da Boa Nova.

E mesmo presa com Paulo, Júnia foi reconhecida como “notável entre os apóstolos” — um título de autoridade espiritual raríssimo.

Hoje, ao lembrarmos de Júnia, resgatamos não só uma personagem bíblica, mas todo um legado de mulheres que viveram, pregaram e acolheram em nome do Cristo.
Júnia representa a cura da história espiritual das mulheres.

Que seu nome volte a brilhar em nossos corações e estudos, como farol da presença feminina no sagrado.

Que todas as Júnias silenciadas sejam lembradas. E honradas.


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