sexta-feira, 16 de maio de 2025

A sabedoria invisível dos garis

No dia 16 de maio, celebramos aqueles que cuidam do que quase ninguém vê: os garis. 

Com vassouras, pás e sorrisos, eles limpam a cidade — mas o que fazem vai muito além do que os olhos alcançam.

Enquanto retiram a sujeira das ruas, liberam caminhos, desfazem pesos, fazem circular o que estava estagnado. Não seria esse também um trabalho espiritual?

O gari nos ensina sobre humildade, serviço, presença. Sobre fazer o necessário sem aplausos, com dignidade e ritmo. Nos lembra que a limpeza é um ato sagrado — dentro e fora de nós.

Para ilustrar esse dia, trago uma pintura do meu saudoso pai, Lielzo F. de Azambuja, em “A Passeata da Alegria” — onde o clássico se mistura ao popular, e a arte reconhece a alma dos que trabalham com luz. 

Na imagem, o inesquecível Gari Sorriso com Marcelle Lender Dançando o Bolero em Chilpéricde Henri Toulouse de Lautrec.

Que possamos, como os garis, aprender a varrer não só as ruas, mas também o que não nos serve mais: mágoas, excessos, pensamentos repetitivos, ilusões antigas. Pois a verdadeira limpeza começa dentro de nós.

Feliz Dia do Gari, com reverência e consciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As 3+ visitadas da última semana