No dia 16 de maio, celebramos aqueles que cuidam do que quase ninguém vê: os garis.
Com vassouras, pás e sorrisos, eles limpam a cidade — mas o que fazem vai muito além do que os olhos alcançam.
Enquanto retiram a sujeira das ruas, liberam caminhos, desfazem pesos, fazem circular o que estava estagnado. Não seria esse também um trabalho espiritual?
O gari nos ensina sobre humildade, serviço, presença. Sobre fazer o necessário sem aplausos, com dignidade e ritmo. Nos lembra que a limpeza é um ato sagrado — dentro e fora de nós.
Para ilustrar esse dia, trago uma pintura do meu saudoso pai, Lielzo F. de Azambuja, em “A Passeata da Alegria” — onde o clássico se mistura ao popular, e a arte reconhece a alma dos que trabalham com luz.
Na imagem, o inesquecível Gari Sorriso com Marcelle Lender Dançando o Bolero em Chilpéric, de Henri Toulouse de Lautrec.
Que possamos, como os garis, aprender a varrer não só as ruas, mas também o que não nos serve mais: mágoas, excessos, pensamentos repetitivos, ilusões antigas. Pois a verdadeira limpeza começa dentro de nós.
Feliz Dia do Gari, com reverência e consciência.
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