“A santa negra do povo livre: quem é Sara Kali e por que sua fé atravessa oceanos?”
Hoje, ciganos e devotos do mundo inteiro celebram Sara
Kali, a santa que não aparece nos Evangelhos — mas vive nos corações de
quem carrega fé na pele, no canto, no fogo e na estrada.
Para muitos, ela é
santa.
Para outros, uma deusa escondida.
Para todos, um símbolo de esperança onde antes havia exclusão.
Quem foi Sara Kali?
A história sagrada diz que, após a morte de Jesus, algumas
discípulas — entre elas Maria Madalena — fugiram da perseguição em um barco,
sem velas, nem direção.
Sara era uma jovem egípcia que as acompanhava.
Quando as águas se agitaram, Sara orou. E o mar se acalmou.
Por isso, ela se tornou a protetora dos viajantes, dos que têm fé sem
templo, e dos que são esquecidos pelo mundo.
O que ela representa?
- Acolhimento
aos marginalizados
- Força
feminina e espiritual ancestral
- Proteção
para quem está em trânsito, física ou espiritualmente
- Fé
que não precisa de explicação: só presença, vela acesa e coração aberto
Prática devocional para
hoje:
Acenda uma vela azul ou
dourada.
Coloque um copo com água ao lado.
Peça proteção para suas viagens — internas e externas.
Se quiser, ouça uma música cigana e deixe o corpo dançar. O espírito agradece.
Para refletir com Sara
Kali:
- Tenho
honrado minha liberdade com responsabilidade espiritual?
- Tenho
acolhido em mim o que o mundo tenta rejeitar?
- Tenho
confiado no invisível mesmo quando o barco balança?
Sara Kali ensina que a fé verdadeira não precisa de
status.
Só precisa de entrega. De alma viva. De amor pelo mistério.